segunda-feira, março 05, 2007

Vendo o tempo passar

Atualmente, por questões de trabalho voltei a morar em minha cidade natal.
Após 16 anos longe, desde a faculdade, só retornei em visitas aos meus familiares uma vez por ano.
Hoje estou de volta para a terra onde fui criado.
Tenho vivido um momento de readaptação, passando por nostalgia, lembrando de minha infância e adolescência.
Mas as coisas mudam. Tudo evolui. O bairro onde vivi já não é mais o mesmo.
Quando vi tudo diferente, vi que o tempo passou.
Meus amigos de infância estão casados, com cabelos ralos, com nuâncias de grisalho.
Outras crianças menores, estão adultos e nem me conhecem mais.
As menininhas já estão casadas e são mamães.
Os adultos estão velhos, passeando com netos.
Muitos se foram, outros estão castigados pelo tempo.
Outros ficam ressabiados de me cumprimentar, pois devem achar que não me lembro mais de tanta gente após tantos anos.
O riacho que tomava banho, agora é um córrego de esgoto a céu aberto.
A mata onde ia caçar com meu pai, virou um loteamento cheio de casas.
O campinho ondei joguei bola, virou quintal particular.
Nos morros onde empinava pipa, agora têm residências.
Nas ladeiras onde descia com carrinho de rolemã, agora são ruas movimentadas.
Nas calçadas de terra, onde jogava bolinha de gude (búlica), agora estão pavimentadas.

...o tempo passou, depressa!!!
Já não sou um garoto.
Não brinco de nada disso: bola, queimada, pega-pega, pipa.
Minha geração envelheceu!
Ainda bem que na lembrança posso guardar bons momentos!

Quero continuar vivendo momentos felizes, marcantes, inesquecíveis em minha vida, para quando for vovô, eu possa lembrar de minha fase adulta com muito gosto, sabendo que o tempo passou, mas valeu a pena viver em plenitude.

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