terça-feira, julho 11, 2006

Crônicas

Tem uma música do Eng° do Hawaí que diz: "...ando só como um pássaro voando... ando só como se voasse em bando..."
Às vezes nos sentimos assim, como uma bola de futebol no centro do gramado de uma estádio vazio...
Apesar de estarmos rodeados de pessoas, ouvindo conversas, percebendo o agito à nossa volta há um abismo que nos engole...
Há momentos que estamos juntos, mas não sentimos nenhuma presença...
Nas noites nos deparamos solitários a observar a lua distante...
Mas é na solidão que nos encontramos com nosso íntimo e Deus...
No silêncio da madrugada, no espaçoso ambiente se nos acalmarmos poderemos sentir, além do frio, nosso pulsar...
É bom ouvir nosso corpo, nossa consciência na escuridão do vazio...
Planos, estratégias, metas podem ser arquitetados no momento de reflexão... sozinho...
No final, nos deparamos com a sensação de que o homem é um ser sociável, vive em comunidade, tem amigos, família, mas é um ser único e por mais que esteja amparado, em certos momentos vive suas emoções a km de distância de tudo e de todos.
O aluno que prestará o vestibular estará sozinho na hora da prova;
O paciente sentirá sozinho o medo da cirúrgia;
A mãe se alegrará exclusivamente no parto.
Em todos os momentos da vida teremos uma grande torcida acompanhando nossa trajetória, mas na hora de bater o penalti, aos 45 minutos do segundo tempo, estaremos só entre a bola e o gol.

2 comentários:

Marco Romano disse...

Tens absoluta razão! Algumas coisas são mesmo para serem feitas sozinhas...
Quando olho o céu, armado com um binóculo, no meio de um canavial, completamente no breu, quando estou tão sozinho e posso ouvir claramente as batidas do meu coração, percebo que há muita mais a minha volta, e que não posso ignorar isso!

Anônimo disse...

Sabe de uma coisa: concordo com cada palavra do que disse. E o fez de forma tão inteligente. Vc escreve tão bem, amor... te admiro hj e sempre. Bjs ...Sua esposa!