quarta-feira, agosto 23, 2006

Ronco, destruidor de sonhos

Estive viajando para SP na semana passada. Como estamos a 500 km, prefiro viajar durante a noite e chegar na capital logo pela manhã. Procuro agendar meus compromissos para o período matinal a fim de voltar a tarde para casa.
Viajar durante a noite é bom também porque tenho a sensação de não estar perdendo tempo, proveito para dar uma cochilada e poder chegar inteiro pela manhã.
Viajar a noite é bom quando se viaja em ônibus leito ou semi-leito e, neste último, quando a poltrona do lado fica vazia ou, quando a pessoa da poltrona ao lado é magrinha e não sobra pelos lados, invadindo o meu pedaço.
No entanto, não tive muita sorte desta vez. Fui numa quarta-feira a zero hora, com ônibus lotado. Do meu lado um quarentão corpo lento, com um bigode parecendo um leão marinho e pior, fumante.
Com todas estas carecterísticas já previ como seria minha noite: Um tormento!!!
O homem dormiu rapidamente qdo o ônibus se pôs em movimento, tão rápido também foi o ronco que rasgou a noite e invadiu todo o ambiente.
Tentei dar uns cutucões, na malandragem, para o bendito acordar e parar de roncar. Porém, esta medida era temporária, pois o ditocujo virava-se de lado e o ruído desagradável novamente vinha a tona como um vulcão em erupção.
No fim, qdo o ônibus chegou ao destino, o roncador amanheceu lindo, leve e solto, descansado, de bem com a vida e eu com os demais passageiros esgotados, mal humorados e mal dormidos.
Enfim, quem ronca não tem culpa, mas se eu pudesse colocar um sujeito desses numa solitária para nunca mais me encomodar, daria a sentença de culpado.

Nenhum comentário: